
Já tivemos ao longo da história diversos casos de morte, como o da jovem Andriza, por erros de medicação. Alguns estudos estimam que nos Estados Unidos erros de medicação em hospitais causem mais de 7000 mortes por ano. No nosso país, ainda não temos essas estatísticas disponíveis. No entanto, fico me questionando até quando continuaremos a assistir pessoas morrerem por erros estúpidos sem debatermos o assunto com a importância que ele merece.
Nesse momento, não nos cabe pensar de quem é a culpa, mas pensar em maneiras de evitar a reincidência de erros como este. O grande problema é que, geralmente, todo o processo apresenta falhas e quando elas repercutem não somos capazes de pensarmos em como solucionar o problema, mas ficamos perdendo horas e horas colocando a culpa na outra categoria profissional.
Muitas vezes, podemos notar ilegibilidade de prescrições por médicos ou odontólogos; atendimento de prescrições sem a prestação efetiva da assistência pelo farmacêutico ou atendimento de uma receita que não foi 100 % compreendida; a administração equivocada pelo enfermeiro; a não adesão ao tratamento pelo paciente, entre outros. Mas, geralmente, uma morte como essa não é causada por um único erro de uma única pessoa, mas por um somatório de equívocos.
Acredito que a falta de comunicação entre os profissionais de saúde e a não prestação efetiva da assistência são os nossos grandes problemas. Nesse aspecto, quando falamos em farmácias e drogarias, a situação é ainda mais grave do que dentro das unidades hospitalares. O distanciamento entre os profissionais da saúde é notório e, ainda que erros sejam detectados, muitas vezes, o profissional não dá a devida atenção, não discute o caso com outro profissional e acaba atendendo indiscriminadamente prescrições, colocando, muitas vezes, a vida do paciente em risco.

Não podemos prescrever medicamentos como quem rascunha uma redação, não podemos vender como quem vende doce e, acima de tudo, precisamos trabalhar em equipe, estarmos em harmonia e sermos capazes de orientar a sociedade quanto ao uso correto dos medicamentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário